A democratização do Poder Judiciário e a aproximação entre a Fenajufe e a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político predominaram na pauta do encontro mantido pela coordenadora da Fenajufe Mara Weber com José Antônio Moroni, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e Luciana Pivato, da JusDh Articulação Justiça e Direitos Humanos. A reunião aconteceu em Brasília, nta quinta-feira, 25/2, pela manhã.
O principal objetivo do encontro foi estabelecer o diálogo da Fenajufe com a Plataforma e assim, informar ao movimento sobre as transformações em curso no Judiciário Federal, manifestadas através da reestruturação produtiva, do modelo produtivista de gestão e o impacto dessas transformações para os cidadãos brasileiros, bem como os desdobramentos para os movimentos sociais e para os direitos civis.
No encontro ainda foi comunicado à Plataforma a realização do 9º Congrejufe, o Congresso Nacional da categoria que acontece de 27 de abril a 1º de maio, em Florianópolis. A Plataforma foi convidada a estar presente e participar do debate sobre a Democratização do Judiciário.
Para a coordenadora da Fenajufe, Mara Rejane Weber, a discussão é urgente e necessária.”Entendo que a Fenajufe precisa sair do isolamento que se encontra e abrir espaço e participação em movimentos sociais engajados na discussão da democratização do Poder Judiciário e do Sistema de Justiça brasileiro. O modelo de gestão que afeta a qualidade de vida no trabalho no nosso dia-a-dia tem a ver com um modelo de Judiciário pensado para agradar o mercado e não para construir cidadania e garantir direitos. Precisamos nos engajar na discussão e elaboração do Judiciário e Justiça que queremos para o Brasil. É um papel que nos cabe como servidores do Poder Judiciário e como cidadãos brasileiros.”
A Plataforma
O movimento deu início à sua organização em 2004, em São Paulo. O processo de discussão com os diversos movimentos e organizações que compõe a plataforma gerou a “Plataforma dos Movimentos Sociais pela reforma do Sistema Político” estruturada em cinco grandes eixos.
– Fortalecimento da democracia direta
– Fortalecimento da democracia participativa/deliberativa
– Aperfeiçoamento da democracia representativa
– Democratização da informação e da comunicação
– Democratização e transparência do Poder Judiciário