O governo interino e ilegítimo de Michel Temer é perverso com os direitos da população brasileira e leniente com a forma com que o Estado brasileiro arrecada seus tributos. A cada declaração de um ministro de seu governo, a cada projeto de lei enviado ao Congresso, fica claro que o governo Temer prefere fazer um ajuste fiscal às custas das políticas públicas do que combater a sonegação e as distorções fiscais do país.
“É permitido cortar direitos e alterar a Constituição, mas não é permitido arrecadar de uma forma mais adequada?”, questiona Grazielle David, assessora política do Inesc, em entrevista à TV Vermelho. Para ela, a perversidade com que o governo Temer ataca os direitos constitucionais dos brasileiros está simbolizada na PEC 241, em discussão no Congresso. Essa Proposta de Emenda à Constituição limita o crescimento de gastos públicos à variação da inflação, o que significa menos recursos para áreas como saúde e educação, além da fragilização de todas as políticas públicas e dos direitos dos brasileiros, afirma Grazielle.
No caso específico da saúde, uma redução no seu financiamento significa o fim do Sistema Único de Saúde, explica Grazielle. “A Saúde já é cronicamente subfinanciada. Se você agora inviabiliza ainda mais o seu financiamento, você está destruindo o SUS.” Nossa assessora faz questão de frisar que o SUS não é apenas hospital superlotado. Pelo contrário. “Se você come num restaurante na hora do almoço, por exemplo, dê graças ao SUS, porque a vigilância sanitária, que garante que o alimento é saudável, que você não vai passar mal, é SUS”, exemplifica. “Querer destruir o SUS é algo que vai afetar a todos.”
Veja as entrevistas de Grazielle à TV Vermelho: