Inesc promove oficina de formação sobre orçamento e direitos quilombolas - INESC

Inesc promove oficina de formação sobre orçamento e direitos quilombolas

10/08/2022, às 15:23 (updated on 14/03/2023, às 13:42) | Tempo estimado de leitura: 3 min
Atividade ocorreu durante o Aquilombar, evento que conta com o apoio do Inesc e reúne quilombolas de todo o Brasil para um dia de mobilizações em Brasília.

“A defesa dos nossos territórios perpassa pela esfera econômica. Por isso, debater orçamento público é tão urgente e necessário. Precisamos fazer essa disputa para que ocorra o ‘aquilombamento’ do orçamento público”. A fala é de Samilly Valadares, jovem liderança quilombola de Belém do Pará, que esteve presente na roda de conversa sobre ‘Orçamento e Direitos Quilombolas’, promovida pelo Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) durante o Aquilombar, evento que ocorre nesta quarta-feira (10), em Brasília (DF), e reúne quilombolas de todo o Brasil para um dia de mobilizações. 

Junto com ela, cerca de 30 lideranças quilombolas das regiões Norte e Nordeste pararam por mais de uma hora para refletirem e debaterem estratégias para a garantia de direitos a partir da incidência sobre o orçamento público.

Caio do Nascimento Matos, que veio de Pernambuco, lembrou dos retrocessos na saúde e na educação, por exemplo, que quilombos de todo o Brasil vem enfrentando. “É preciso garantir orçamento para a implementação de políticas públicas que cheguem até os nossos territórios. Isso para que a gente consiga viver com dignidade. Como vamos estar daqui a 10 anos? A nossa juventude precisa se apropriar desse debate. Entender mais sobre orçamento público e como ele funciona abriu portas, foi um divisor de águas”. 

Oportunidades que chegam como a que contou Douglas Sena dos Santos, do Pará. Ele disse que a partir do conhecimento adquirido, a comunidade onde ele vive conseguiu organizar a associação para a venda de produtos da agricultura familiar para o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). “Atualmente, a gente já consegue vender cerca de R$ 500 mil por ano em alimentos para as escolas da nossa região. É o terceiro ano consecutivo que incidimos sobre o PNAE e pretendemos crescer ainda mais”. 

Clique aqui para acompanhar a cobertura completa do Aquilombar: território titulado, liberdade conquistada

Categoria: Notícia
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