Workshop - Reforma dos subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis: desafios e oportunidades rumo à COP 30 - INESC

Workshop – Reforma dos subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis: desafios e oportunidades rumo à COP 30

08/10/2025, às 10:47 (updated on 17/10/2025, às 8:01) | Tempo estimado de leitura: 6 min

Objetivo: contribuir para o diálogo e convergências entre atores nacionais e internacionais acerca da viabilidade e oportunidade de avanços concretos na agenda de reforma dos subsídios  ineficientes aos combustíveis fósseis na COP 30.  

Data: 23 de outubro de 2025
Horário: das 14h às 18h
Coquetel de encerramento: 18h às 20h
Local: Kubitschek Plaza Hotel – SHN Quadra 02 Bloco E, Setor Hoteleiro Norte, Brasília, DF 70702-904 

Contexto

A reforma dos subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis é um tema de alta relevância global. Evidências empíricas confirmam que tais subsídios distorcem as vantagens comparativas das fontes renováveis e o comércio internacional, prejudicam esforços de redução de emissões de gases de efeito estufa e do controle da poluição, drenam recursos públicos escassos e reforçam injustiças sociais. Ao mesmo tempo, reformas podem implicar em impactos sociais, econômicos e geopolíticos.  

Com ênfase no desafio de alinhar os países às metas globais de clima e desenvolvimento  sustentável, o tema tem sido abordado por diversos órgãos e iniciativas multilaterais, como o G20, o G7, a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Organização das Nações Unidas/Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ONU/ODS), a Conferência das Partes sobre Mudança do Clima (ONU/COP28), o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Agência Internacional de Energia (IEA), a Coalition on Phasing Out Fossil Fuel Incentives Including Subsidies (COFFIS), o Centro de Financiamento para Mitigação Climática na África (CFMCA) e o Fórum para a Eliminação de Subsídios a Combustíveis Fósseis (FFFSR). 

Tais iniciativas sinalizam um processo de construção de compromissos e caminhos multilaterais  pró reforma. O que é central, pois a alta sensibilidade econômica e geopolítica do tema, evidencia que não cabe a um país isoladamente encontrar as soluções para o problema global das emissões, fortemente concentradas na queima global de combustíveis fósseis. Ao mesmo tempo, o contexto é de crise do multilateralismo climático, de aceleração dos eventos climáticos extremos, de tensões geopolíticas envolvendo a produção e o consumo dos combustíveis fósseis, bem como de premente necessidade de acelerar o processo de transição energética e encontrar soluções para o problema do financiamento climático. 

Assim, com a proximidade da COP 30, no Brasil, reforçam-se as expectativas de que haja avanços no alinhamento de esforços técnicos e compromissos nessa direção.  

Na agenda doméstica, o tema encontra progressiva aderência. Na Reforma Tributária está prevista a avaliação quinquenal de regimes diferenciados de tributação, que alcançam diversos setores econômicos, entre eles o setor de Óleo & Gás. Todos, deverão progressivamente passar por avaliações acerca da eficiência, eficácia e efetividade, enquanto políticas sociais, ambientais e de desenvolvimento econômico.

No Tribunal de Contas da União (TCU), o tema tem sido objeto de recorrentes avaliações, seja o  vinculando à agenda de transição energética, seja o considerando como parte dos compromissos  do país como signatário da Convenção da Biodiversidade (CDB). 

Adicionalmente, uma progressiva avaliação e reforma dos subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis contribuiria para ampliação de receitas tributárias, cada vez mais necessárias no enfrentamento das consequências do aquecimento global e de seus efeitos mais intensos sobre a população mais pobre. 

É, portanto, oportuna a realização do evento, trazendo a perspectiva nacional sobre o tema e, ao  mesmo tempo, ampliando a compreensão sobre oportunidades de avanços concretos na COP30. 

Abertura: Suely Araujo (Observatório do Clima) e Nathalie Beghin (Inesc) (14h) 

Mesa 1: Iniciativas internacionais na direção da reforma dos subsídios ineficientes aos fósseis (14h30 – 16h) 

Mediação: Sr. Nicolas Lippolis Columbia Climate School/Center on Global Energy Policy at  Columbia-SIPA 

Sr. Nhat Do: IISD/Coalition on Phasing Out Fossil Fuel Incentives 

Including Subsidies 

Sr. Jan Rieländer: OECD Development Centre 

Sra. Paula Osorio: Transforma Global (Colômbia) 

Sra. Alice Amorim: Diretora de Programa da Presidência da COP30 

Mesa 2: Potenciais e desafios da reforma dos subsídios ineficientes aos fósseis: reflexões a partir do caso brasileiro (16h30 – 18h) 

Mediação: Sra. Marta Salomon – Talanoa 

Sra. Alessandra Cardoso: Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) 

Sr. Alexandre Figueiredo: Secretário de Controle Externo de Energia e Comunicações (Tribunal de Contas da União)

Sr. Gustavo Henrique Ferreira: Subsecretário de Acompanhamento Econômico e Regulação da  Secretaria de Reformas Econômicas/ Ministério da Fazenda. 

Sra. Simone Bauch: Coordenadora-geral na Assessoria de Economia e Meio Ambiente do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

Coquetel de encerramento: 18h

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Categoria: Inesc
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