Enquanto a grande imprensa e entidades patronais, bem como setores mais conservadores da sociedade brasileira, tentam legitimar o golpe contra a democracia no Brasil, concretizado na semana passada, organizações da sociedade civil nacionais e internacionais divulgaram notas públicas denunciando o ilegítimo processo que retirou a presidenta Dilma Rousseff do poder.
O Inesc foi uma das primeiras organizações brasileiras a se manifestar, condenando veementemente o golpe parlamentar aplicado pelo Congresso.
“O que se viu durante o processo de impeachment, especialmente nestes últimos seis dias de julgamento no Senado, deixará como legado para brasileiros e brasileiras a vergonha: um processo contaminado, juridicamente frágil, permeado por conchavos políticos que poluem as três esferas de poder da República”, diz um trecho da nota do Inesc.
Outra entidade que se manifestou claramente contra o golpe foi a Fundação Internacional de Direitos Humanos, com sede na Espanha.
““Consideramos ilegítimo o processo de destituição realizado contra a presidente Dilma Rousseff e expressamos nosso absoluto rechaço ao dito golpe de Estado camuflado com roupa de institucional, perpetrado com o único objetivo de desconhecer os resultados eleitorais”, diz a nota.
A CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), órgão da OEA (Organização dos Estados Americanos), também expressou preocupação com a “destituição da presidente constitucional e democrática do Brasil, Dilma Rousseff”.
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