Entre os dias 8 e 10 de novembro, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) participou do Simpósio Nacional em Socioeducação: a escolarização e o atendimento socioeducativo em perspectiva, em Brasília.
Promovido pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Desenvolvimento Humano e Socioeducação (GEPDHS) da Universidade de Brasília (UnB), o evento – de natureza científica e profissional – buscou contribuir para o desenvolvimento de pesquisas e de intervenção no contexto socioeducativo.
Para Márcia Acioli, assessora política do Inesc, o Simpósio foi fundamental para reunir estudiosos e profissionais que têm se dedicado a construir práticas e ideias inovadoras, visando avanços nas políticas públicas de socioeducação. “Saímos do evento com a sensação de que não estamos sós e que resistimos com coragem em um cenário de preocupantes retrocessos. Há muitos estudiosos respaldando uma visão mais humanista do trabalho com adolescentes autores de atos infracionais”, refletiu.
Uma oficina ministrada por integrantes do Inesc no evento expôs a metodologia de trabalho aplicada pelo Instituto com adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. Cerca de 40 participantes, entre profissionais e estudantes de diversas partes do país, puderam conhecer o método que utiliza a construção de personagens para tratar dos princípios que norteiam a socioeducação.
Em outro momento, o Inesc participou da Roda de Conversa “Ações socioeducativas exitosas: os jovens como protagonistas” onde foram apresentadas as atividades que integram o Projeto Onda: adolescentes em movimento pelos direitos – que recentemente recebeu premiação local, sendo finalista regional do Prêmio ItaúUnicef.
Baseado na educação popular e na arte-educação, o projeto Onda tem como parceiro o trabalho desenvolvido pelo professor Francisco Celso, que também compartilhou a experiência do RAP – Ressocialização, Autonomia e Protagonismo, metodologia socioeducativa aplicada com os adolescentes do Núcleo de Ensino da Unidade de Internação de Santa Maria. Ravena Carmo e Markão Aborígene, educadores do projeto Onda, também participaram da roda, compartilhando suas experiências.
“É muito bom o reconhecimento do nosso trabalho, ainda mais quando se trata de uma área complexa como é a socioeducação”, comemorou Márcia Acioli. “Compartilhar a mesa com colegas como Ravena do Carmo, Francisco Celso, Markão Aborígene é uma honra. O debate, embora curto, refletiu que nossas escolhas têm sido importantes e que, para fazer uma socioeducação de qualidade, é preciso se atrever a romper com o que está instituído”, concluiu.
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