Toda terça e sexta-feira, crianças e adolescentes da Cidade Estrutural (DF) têm se reunido no Coletivo da Cidade, ONG que atua na região, para praticar um dos esportes mais complexos e instigantes que existem: o xadrez. Além de estimular a memória, aumentar a capacidade de concentração e velocidade de raciocínio, o xadrez também tem representado uma possibilidade de mudança para os jovens que moram na região, uma das mais vulneráveis de Brasília, informa a reportagem do Metropóles, que foi à Estrutural ver de perto esse crescente interesse dos jovens pelo xadrez.
Um dos jovens que pratica o xadrez no Coletivo da Cidade já começou essa jornada. Gabriel do Amaral, de 14 anos, conheceu o esporte no Coletivo há três anos e já começa a se destacar em competições. Aluno de escola pública e morador da Estrutural, Amaral ficou em segundo lugar no Festival Interescolar de Xadrez deste ano, vencendo vários adversários de escolas particulares.
“Quero levar o xadrez para a minha vida no futuro”, afirma Amaral, que além de estudar e praticar o esporte no Coletivo da Cidade, aproveita suas horas de folga em casa para assistir a vídeos sobre o jogo no Youtube e jogar partidas online. Gabriel do Amaral sonha em chegar a grande mestre do xadrez, título concedido pela Federação Internacional de Xadrez, e parece estar no caminho certo.
Um dos principais responsáveis por essa ‘febre’ do xadrez na Cidade Estrutural é o professor João Henrique de Oliveira, que desde o início das atividades do Coletivo da Cidade procurou despertar o interesse das crianças e adolescentes para o esporte. Pelo interesse da garotada por suas aulas, o sucesso é total.
“Quando falo sobre essa prática, gosto de citar uma frase de um grande mestre russo: ‘O xadrez, assim como o amor e a música, tem o poder de fazer o homem feliz’”, afirma João Henrique.
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