O governo ilegítimo de Michel Temer já deu inúmeros sinais de que não tem compromisso algum com a garantia de direitos – muito pelo contrário -, trabalhando incessantemente por uma pauta conservadora e de retrocesso. Mas nada se compara à Proposta de Emenda Constitucional que prevê o congelamento de gastos públicos por 20 anos, principalmente nas áreas de Educação e Saúde. A PEC 241/16, enviada por Temer ao Congresso no mês passado, é um golpe mortal em conquistas importantes dos brasileiros, como o Sistema Único de Saúde (SUS), alerta Grazielle David, assessora política do Inesc, em entrevista ao IHU On-Line.
“Se essa PEC for aprovada, o SUS como conhecemos certamente não terá capacidade de existir. Poderá perder sua integralidade, isto é, sua proposta atual de cobertura universal, deixando de oferecer acesso a serviços como internação hospitalar, cirurgias complexas, tratamentos mais caros e medicamentos, fornecendo somente a atenção básica a todos. Ou, ainda, poderá se reduzir a universalidade, focando na promoção de uma política de saúde para as populações mais pobres, semelhante ao modelo norte-americano atualmente”, afirma Grazielle.
Segundo a nossa assessora política, a PEC 241 impossibilita o crescimento e o aumento real de investimentos nos direitos e políticas sociais, promovendo assim a precarização dos serviços públicos. E ato contínuo, vêm as propostas de privatização. Já vimos esse filme…
Grazielle responde ainda a questões relativas ao pretenso déficit na Previdência Social, a política de ajuste fiscal, o futuro das políticas sociais no Brasil sob um governo ilegítimo, sonegação e justiça fiscal.
Leia a íntegra da entrevista de Grazielle David ao IHU On-Line.