Sindicato dos Bancários do DF lança relatório sobre escravidão e livro sobre Quilombo Mesquita - INESC

Sindicato dos Bancários do DF lança relatório sobre escravidão e livro sobre Quilombo Mesquita

25/11/2016, às 15:02 | Tempo estimado de leitura: 4 min
O relatório da Comissão da Verdade sobre a Escravidão Negra no DF e Entorno e a publicação sobre a história, cultura e resistência dos quilombolas serão apresentados na segunda-feira (28/11) no Teatro dos Bancários, em Brasília.

Publicado por Sindicato dos Bancários de Brasília.

No mês em se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra, a Comissão da Verdade sobre a Escravidão Negra no DF e Entorno, do Sindicato dos Bancários de Brasília, vai apresentar o seu relatório preliminar, após oito meses de trabalho. Durante o evento, que acontecerá na próxima segunda-feira (28), às 18h30, no Teatro dos Bancários, também será lançado o livro ‘Quilombo Mesquita: história, cultura e resistência’, de Manoel Barbosa Neres.

“É importante termos uma data para lembrarmos e celebrarmos o Dia da Consciência Negra, mas mais importante é refletirmos que há uma escravidão do povo preto ainda em vigor, através do racismo institucional, das dificuldades em oportunidades, de todo um contexto histórico-cultural que ainda persiste na sociedade”, destaca Jefão Meira, diretor do Sindicato e vice-presidente da Comissão da Verdade.

Jefão, que também é coordenador do Coletivo de Combate ao Racismo do Sindicato, lamenta que são os negros que têm menos cargos de comissão e menor salário. “Ainda há muita desigualdade entre os negros. E é nossa missão, como integrantes da comissão, alertar sobre esses aspectos negativos de racismo”, observa.

Discriminação

Os dados sobre a discriminação com a população negra continuam alarmantes, em pleno século 21, e nos bancos isso não foge à regra. Enquanto no Brasil os brancos representam 83% da parcela mais rica da sociedade, num país em que mais da metade da população (53,6%) é formada por negros, nos bancos apenas 24,7% dos trabalhadores são negros. Eles não têm igual remuneração na grande maioria dos casos que ocupam os mesmos cargos dos brancos. No cômputo geral, os salários pagos aos negros equivalem a 57,4% dos salários dos brancos. Os números são do II Censo da Diversidade, de 2014, feito pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Categoria: Notícia
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